Violentado pela desfaçatez do
caluniador que levanta acusações infelizes contra o teu esforço de
enobrecimento, pensas: ”Deus me vingará!”
Aturdido em face da injustiça dos
julgamentos apressados que ralam os teus mais elevados sentimentos, murmu-ras: “
Terei minha vez, oportunamente, e saberei desforçar-me.”Apontado pelo sarcasmo de
adversários gratuitos, não obstante a cordialidade que esparzes pelo caminho,
reages: "Ver-lhes-ei o fim. Saberei espera".
Traído nos mais sublimes
propósitos de fidelidade e amor, não suportas, e exclamas: “Alguém cobrará por
mim!”
Ignorado propositadamente pela
pessoa a quem te dedicas e que te retribui a afeição com o desprezo, exclamas:
“Confio no amanhã, que me fará justiça!”
Acoimado pela suspeita da
impiedade, azorragado pela maledicência e pelo remoque, proferes: “São uns
miseráve is! Só a morte para tais.”
Em muitas situações, embora os
conceitos de amor que lucilam no teu coração, não suportas as constrições e der
rapas nas margens lodosas da vingança, que assoma em caráter de falso
conforto.
Tisna-se, então, a lucidez,
perturba-se a esperança e adentra-se no domicílio da tua mente o tóxico letal do
ódio. Violentamente, às vezes, apossa-se da tua paisagem psíquica;
sorrateiramente, outras, imiscui-se e insufla revolta, terminando por
desarranjar a máquina harmoniosa do teu corpo e o programa da tua vida,
infelicitando-te, posterior mente.
Não se turbe, todavia, a tua
mente, nem se perturbem os teus sentimentos, ante as agressões dos frívolos, dos
perversos e dos desalmados.
Não sabem o que fazem. São
doentes em estágio de avançada enfermidade, estertorando
lamentavelmente.
Não te contagies com
eles;
Mantem-te em paz contigo mesmo e
não te detenhas.
Guardando as mágoas – e na Terra
são muitas as dificuldades que surgem produzindo mal estares – padecerás
sob imundícies e conduzirás fluidos
deletérios.
Se perdoares, porém, prosseguirás
em clima de renovação superior e em labor otimista.
O perdão é sempre mais útil a
quem o concede.
Se perdoares o vizinho
invigilante, ele se sentirá estimulado a não repetir a experiência perniciosa:
poderáa ajudar alguém; concederá ensejo de desculpa a outrem que o haja
ofendido; sentir-se-á confiante para recomeçar tudo e volver atrás, anulando o
erro cometido.
O perdão é sempre mais útil a
quem o concede.
Se perdoares o vizinho
invigilante, ele se sentirá estimulado a não repetir a experiência perniciosa:
poderá ajudar alguém; concederá ensejo de desculpa a outrem que o haja ofendido;
sentir-se-á confiante para recomeçar tudo e volver atrás, anulando o erro
cometido...
Se perdoares, auxiliarás a
comunidade, medicando com amor o indivíduo que está enfermo a pesar na economia
social.
Se perdoares, olvidando a ofensa
e ajudando o malfeitor, terás logrado a comunhão com o Mestre Inexcedível que,
embora incompreendido, traído, abandonado, martirizado e pregado a duas traves,
que eram símbolos de infâmia justiçada, perdoou os que O esqueceram e prossegue
até hoje amando-os, qual faz conosco próprios, que a cada instante estamos de
mil formas, vigorosas ou sutis, traindo, deturpando, menosprezando, usando
indevidamente as sublimes concessões que fruímos para a redenção espiritual,
ainda sem o sucesso que já deveríamos ter alcançado.
Perdoa, portanto, a fim de seres
perdoado.
CELEIRO DE
BENÇÃOS – JOANNA DE ÂNGELIS – DIVALDO FRANCO
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