quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Crianças de uma Nova Era

Indiscutivelmente, vive-se na Terra o momento da grande transição planetária, na qual as ocorrências dolorosas, os desastres coletivos, as tragédias do cotidiano, as contínuas ondas de violência e os descalabros de toda ordem chamam a atenção de todos, apresentando momentos terríveis de aflição e de sofrimentos.
Os denominados sinais dos decantados fins dos tempos, estão presentes na civilização hodierna convidando os seres humanos às reflexões profundas, impondo-lhes a necessidade de mudança para melhor no comportamento moral e emocional.
Além das alterações que sucedem coletivamente na sociedade, outras, mais sutis, no entanto, não menos preocupantes, estão presentes nestes dias aguardando a atenção dos estudiosos: pais, psicólogos, educadores, sociólogos, religiosos e todas as pessoas interessadas na construção da sociedade feliz do futuro.
Acompanhando o inevitável processo das reencarnações, pode-se constatar facilmente a presença de uma nova geração de espíritos que se encontra no planeta em condições surpreendentes, fora do habitual. Aqui encontram-se, a fim de preparar a grande transição que vem tendo lugar lentamente, de modo a que o planeta mude de estágio evolutivo, conforme a assertiva de Jesus, na Sua memorável mensagem no Sermão profético, conforme narrativa de Marcos no capítulo XIII, versículos 1 a 32.
Facilmente podem-se identificar esses espíritos que constituem a geração nova, a que se refere Allan Kardec, em A Gênese, no item 27 do capítulo VIII, elucidando as emigrações e imigrações programadas para que ocorra a grande e inevitável mudança de evolução.
De igual maneira que os espíritos progridem, também os mundos, as suas moradas transitórias elevam-se, proporcionando os fatores mesológicos necessários ao seu desenvolvimento intelecto-moral.
A lei de destruição, bem pouco compreendida pelos seres humanos, é o mecanismo de que se utiliza a Divindade para a grande revolução que sempre ocorre, sendo através das alterações, às vezes, dolorosas para as criaturas, o meio eficaz para que se operem as grandes transformações morais e espirituais.
Observam-se, no planeta terrestre, na atualidade, mais do que noutros períodos, os sinais próprios dos acontecimentos previstos e programados, especialmente no que diz respeito aos valores éticos e morais, as convulsões sísmicas, as mudanças que se produzem em muitos países com alterações profundas no seu arcabouço econômico e financeiro, assim como nas guerras que desencadeiam para manter o predomínio, dando lugar ao seu declínio. Enquanto isso ocorre, outros, os denominados emergentes, crescem e desenvolvem-se, a fim de terem oportunidade de produzir novas culturas, nova civilização.
Simultaneamente, a onda de loucura e obsessão que assola a Terra faz parte da transição planetária, quando os espíritos que tentam obstaculizar o processo evolutivo são removidos para outros planos, de modo que as dores sejam diminuídas e o tempo menos prolongado.
*   *   *
O processo da evolução é inevitável e faz parte dos Divinos Planos a respeito da vida.
Desde que criado simples e ignorante, o princípio espiritual evolui através das sucessivas reencarnações, adquirindo complexidades e conhecimentos, que se expandem do íntimo, onde se encontra gravada a essência da qual procede: Deus!
Proporcionar, portanto, o desenvolvimento do Deus interno, é o objetivo sublime dos renascimentos corporais, por ensejar as oportunidades de aplicação dos valores antes adormecidos na conquista da plenitude.
É compreensível, portanto, que o ser angélico de hoje passou pela fieira dos renascimentos corporais, desde as fases mais primitivas até o estágio em que se encontra.
Os atuais guias da Humanidade estiveram nos primórdios da sua vida nas experiências primárias que lhes facultaram o desdobrar dos tesouros transcendentes da evolução.
De igual maneira, aqueles que hoje transitam em dificuldades espirituais e morais, através do burilamento logrado nas experiências reencarnatórias, alcançarão também a elevada posição dos anjos tutelares atuais. Não foi por outra razão que o Mestre de Nazaré elucidou com ênfase, que nenhuma das ovelhas que o Pai Lhe confiou se perderia, adindo, oportunamente, porém, que ninguém entraria no reino dos Céus sem pagar a dívida até o último centavo...
À medida que o espírito evolve, experiencia equívocos e êxitos, sendo convidado a reparar os erros e prosseguir na ação edificante.
A atualidade espiritual do planeta na fase de transição caracteriza-se por expressivo número daqueles que retornam, missionários do bem e da verdade, do conhecimento e da beleza, da tecnologia e da ciência, da fé religiosa e da caridade, a fim de apressarem o processo evolutivo, ao tempo em que outros, ainda aferrados ao mal despedem-se da oportunidade, igualmente renascendo para terem a sua última chance no lar terrestre que não têm sabido valorizar...
Certamente que retornarão, quando se recuperarem dos delitos praticados e da teimosia do orgulho e do egoísmo exacerbado, da soberba e das paixões primitivas, quais filhos pródigos de retorno ao regaço paterno...
Não seja de estranhar-se que, de igual maneira, nobres espíritos de outra esfera evolutiva igualmente estejam reencarnando-se na Terra, a fim de contribuírem em favor do seu processo de regeneração.
A grande maioria que está chegando chama a atenção por características muito especiais, sendo que, alguns deles apresentam-se com distúrbio de déficit de atenção (DDA) ou mesmo transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), gerando situações perturbadoras na área da conduta. O fenômeno, porém, tem por objetivo convidar os estudiosos do comportamento e da educação a uma análise mais profunda a respeito da ocorrência.
Há muitos especialistas, no entanto, que negam a possibilidade do TDAH, conservando o diagnóstico apenas na classificação DDA.
Todavia, aprofundadas investigações demonstram que o TDAH tem origem nos intrincados mecanismos da hereditariedade, da convivência familiar, necessitando de cuidados especiais.
Invariavelmente têm-se aplicado nos pacientes infantis drogas denominadas como da obediência, o que constitui grave responsabilidade pelos efeitos colaterais que podem ocasionar no seu futuro, especialmente a partir da adolescência.
Ideal será uma cuidadosa análise e aplicação da moderna psicopedagogia, especialmente baseada no amor e na paciência, no diálogo e na convivência com os pais, de maneira a transmitir-se afetividade e respeito, carinho e segurança psicológica ao paciente infantil.
Quando a criança dê-se conta de que é amada e compreendida, novos estímulos contribuirão para a diminuição da desatenção e da hiperatividade, ajustando-a aos programas de ação edificante e de construção da sociedade feliz.
*   *   *
Quando, no sermão profético, narrado pelo Evangelista Marcos, Jesus refere-se às grávidas e às que amamentarem nos dias terríveis do Senhor, elucida gentilmente sobre as atuais ocorrências familiares, as dificuldades de convivência doméstica, os desafios educadores no lar, os relacionamentos afetivos entre os parceiros...
Ao mesmo tempo, em relação aos problemas de radioatividade que possam ocorrer, conforme já tem sucedido, com a contaminação pelo estrôncio e outras substâncias destrutivas que dão lugar ao surgimento de anomalias de vária ordem, culminando com os tormentos cancerígenos, especialmente leucêmicos...
O momento é, portanto, muito grave, propondo graves reflexões e elevação de sentimentos, de modo a contribuir-se de maneira eficaz para que esse tormentoso período seja abreviado...
Joanna de Angelis.
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 20 de abril de2011, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia.
Em 30.08.2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A BEM DA VERDADE


Com indispensável espírito de crítica à Doutrina que professamos, a fim de que não venhamos a incorrer no equívoco do dogmatismo, analisemos as obras do chamado Pentateuco Kardeciano.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS: extraordinária obra que encerra os Princípios Básicos, inamovíveis do Espiritismo, e que, em seus fundamentos, jamais será ultrapassada. Não obstante, em sã consciência, não podemos afirmar que encerre toda a Verdade, que, em seu natural dinamismo, sob a ótica da Fé Racionada, sempre haverá de acompanhar as luzes do entendimento humano.

O LIVRO DOS MÉDIUNS: trabalho excepcional e sem precedentes na história do Espiritualismo, através do qual o Codificador, por assim dizer, regulamentou, de maneira ética, o intercâmbio entre os Dois Planos da Vida. Todavia, mais direcionado para a orientação da mediunidade de natureza psicográfica, e publicado em 1861, não contém informações mais abrangentes sobre os vários aspectos mediúnicos da atualidade. O seu mérito indiscutível foi o de, principalmente, separar mediunidade de obsessão, concedendo cidadania aos médiuns que, até então, eram considerados na condição de alienados mentais.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO: das obras que constituem o Pentateuco, em nossa sincera opinião, é sempre a mais atual, de vez que, apoiando-se nos ensinamentos de Jesus, enfeixam as “palavras de Vida Eterna”, com aplicação prática indispensável à evolução do espírito. Dos livros da Codificação, contrariamente ao que dizem certos críticos, consideramos que, sob o aspecto doutrinário, ele seja mesmo o único a não exigir necessários desdobramentos.

O CÉU E O INFERNO: este quarto volume da Codificação Espírita nos conduz ao limiar da vida do espírito no Mundo Espiritual, e, da época em que foi escrito até agora, tem importância fundamental para o melhor conhecimento de como funciona a Lei de Causa e Efeito. Nele, Allan Kardec abriu espaço para o depoimento dos habitantes comuns da Vida além da morte, com o propósito de que a visão dos homens sobre ela não se restringisse à opinião dos Espíritos Superiores. Importante ensaio para as revelações que, cerca de um século depois, caberia a André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, dar legítima continuidade.

A GÊNESE: das Obras consideradas básicas, talvez seja, pela sua própria natureza, a menos completa, porque, com um enfoque mais científico da Criação, esteve e está sujeita às constantes descobertas no que tange à maior aproximação da realidade concreta, principalmente do seu capítulo VI ao X! Em alguns trechos destes referidos capítulos, têm-se a participação espiritual de Galileu Galilei, pela mediunidade do jovem astrônomo Camille Flammarion, que, nos conceitos exarados, não hesitou em declarar a relatividade de seus conhecimentos.

Assim sendo, diz-nos o bom senso que não se deve limitar o conhecimento do Espiritismo apenas e tão somente a Allan Kardec, sumariamente rotulando de antidoutrinário o que não esteja explícito nas obras de sua lavra.

Por outro lado, isto não significa dizer que toda revelação proveniente do Mundo Espiritual, através desse ou daquele médium, deva ser acatada e incorporada à Doutrina, sem que, antes, passe por criteriosa análise dos estudiosos e pesquisadores.

Para mim, particularmente, e para inúmeros espíritos de minha condição, a Obra mediúnica realizada por Chico Xavier, representa, pois, um avanço no conhecimento espírita como um todo, com destaque para os livros de autoria de Emmanuel e André Luiz, que, por sua vez, se fizeram intermediários de elevados Instrutores.

Passados já 154 anos do lançamento de “O Livro dos Espíritos”, sob pena de estagnação doutrinária, e injustificável ortodoxia, em matéria de Espiritismo não podemos nos ater apenas e exclusivamente a Kardec, embora ele se constitua para nós em valioso ponto de partida e inquestionável referência.

É chegado o momento de o Espiritismo, como filosofia interessada no conhecimento pleno da Verdade, sem, no entanto, jamais abdicar da figura do Cristo, interagir com outros ramos do conhecimento humano, estabelecendo com todos eles indispensável conexão.

Não devemos – é o meu ponto de vista – continuar propagando que tenhamos no Espiritismo um “Kardecismo”, quando, em verdade, o que nele temos é o Cristianismo em sua mais pura essência!

Que não nos falte, portanto, o indispensável discernimento para não fanatizarmos em Kardec, como se o Espiritismo, a partir de Kardec mesmo, mais nada tivesse para nos oferecer.


INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 8 de novembro de 2011.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Crianças de uma Nova Era


Indiscutivelmente, vive-se na Terra o momento da grande transição planetária, na qual as ocorrências dolorosas, os desastres coletivos, as tragédias do cotidiano, as contínuas ondas de violência e os descalabros de toda ordem chamam a atenção de todos, apresentando momentos terríveis de aflição e de sofrimentos.
Os denominados sinais dos decantados fins dos tempos, estão presentes na civilização hodierna convidando os seres humanos às reflexões profundas, impondo-lhes a necessidade de mudança para melhor no comportamento moral e emocional.
Além das alterações que sucedem coletivamente na sociedade, outras, mais sutis, no entanto, não menos preocupantes, estão presentes nestes dias aguardando a atenção dos estudiosos: pais, psicólogos, educadores, sociólogos, religiosos e todas as pessoas interessadas na construção da sociedade feliz do futuro.
Acompanhando o inevitável processo das reencarnações, pode-se constatar facilmente a presença de uma nova geração de espíritos que se encontra no planeta em condições surpreendentes, fora do habitual. Aqui encontram-se, a fim de preparar a grande transição que vem tendo lugar lentamente, de modo a que o planeta mude de estágio evolutivo, conforme a assertiva de Jesus, na Sua memorável mensagem no Sermão profético, conforme narrativa de Marcos no capítulo XIII, versículos 1 a 32.
Facilmente podem-se identificar esses espíritos que constituem a geração nova, a que se refere Allan Kardec, em A Gênese, no item 27 do capítulo VIII, elucidando as emigrações e imigrações programadas para que ocorra a grande e inevitável mudança de evolução.
De igual maneira que os espíritos progridem, também os mundos, as suas moradas transitórias elevam-se, proporcionando os fatores mesológicos necessários ao seu desenvolvimento intelecto-moral.
A lei de destruição, bem pouco compreendida pelos seres humanos, é o mecanismo de que se utiliza a Divindade para a grande revolução que sempre ocorre, sendo através das alterações, às vezes, dolorosas para as criaturas, o meio eficaz para que se operem as grandes transformações morais e espirituais.
Observam-se, no planeta terrestre, na atualidade, mais do que noutros períodos, os sinais próprios dos acontecimentos previstos e programados, especialmente no que diz respeito aos valores éticos e morais, as convulsões sísmicas, as mudanças que se produzem em muitos países com alterações profundas no seu arcabouço econômico e financeiro, assim como nas guerras que desencadeiam para manter o predomínio, dando lugar ao seu declínio. Enquanto isso ocorre, outros, os denominados emergentes, crescem e desenvolvem-se, a fim de terem oportunidade de produzir novas culturas, nova civilização.
Simultaneamente, a onda de loucura e obsessão que assola a Terra faz parte da transição planetária, quando os espíritos que tentam obstaculizar o processo evolutivo são removidos para outros planos, de modo que as dores sejam diminuídas e o tempo menos prolongado.
*   *   *
O processo da evolução é inevitável e faz parte dos Divinos Planos a respeito da vida.
Desde que criado simples e ignorante, o princípio espiritual evolui através das sucessivas reencarnações, adquirindo complexidades e conhecimentos, que se expandem do íntimo, onde se encontra gravada a essência da qual procede: Deus!
Proporcionar, portanto, o desenvolvimento do Deus interno, é o objetivo sublime dos renascimentos corporais, por ensejar as oportunidades de aplicação dos valores antes adormecidos na conquista da plenitude.
É compreensível, portanto, que o ser angélico de hoje passou pela fieira dos renascimentos corporais, desde as fases mais primitivas até o estágio em que se encontra.
Os atuais guias da Humanidade estiveram nos primórdios da sua vida nas experiências primárias que lhes facultaram o desdobrar dos tesouros transcendentes da evolução.
De igual maneira, aqueles que hoje transitam em dificuldades espirituais e morais, através do burilamento logrado nas experiências reencarnatórias, alcançarão também a elevada posição dos anjos tutelares atuais. Não foi por outra razão que o Mestre de Nazaré elucidou com ênfase, que nenhuma das ovelhas que o Pai Lhe confiou se perderia, adindo, oportunamente, porém, que ninguém entraria no reino dos Céus sem pagar a dívida até o último centavo...
À medida que o espírito evolve, experiencia equívocos e êxitos, sendo convidado a reparar os erros e prosseguir na ação edificante.
A atualidade espiritual do planeta na fase de transição caracteriza-se por expressivo número daqueles que retornam, missionários do bem e da verdade, do conhecimento e da beleza, da tecnologia e da ciência, da fé religiosa e da caridade, a fim de apressarem o processo evolutivo, ao tempo em que outros, ainda aferrados ao mal despedem-se da oportunidade, igualmente renascendo para terem a sua última chance no lar terrestre que não têm sabido valorizar...
Certamente que retornarão, quando se recuperarem dos delitos praticados e da teimosia do orgulho e do egoísmo exacerbado, da soberba e das paixões primitivas, quais filhos pródigos de retorno ao regaço paterno...
Não seja de estranhar-se que, de igual maneira, nobres espíritos de outra esfera evolutiva igualmente estejam reencarnando-se na Terra, a fim de contribuírem em favor do seu processo de regeneração.
A grande maioria que está chegando chama a atenção por características muito especiais, sendo que, alguns deles apresentam-se com distúrbio de déficit de atenção (DDA) ou mesmo transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), gerando situações perturbadoras na área da conduta. O fenômeno, porém, tem por objetivo convidar os estudiosos do comportamento e da educação a uma análise mais profunda a respeito da ocorrência.
Há muitos especialistas, no entanto, que negam a possibilidade do TDAH, conservando o diagnóstico apenas na classificação DDA.
Todavia, aprofundadas investigações demonstram que o TDAH tem origem nos intrincados mecanismos da hereditariedade, da convivência familiar, necessitando de cuidados especiais.
Invariavelmente têm-se aplicado nos pacientes infantis drogas denominadas como da obediência, o que constitui grave responsabilidade pelos efeitos colaterais que podem ocasionar no seu futuro, especialmente a partir da adolescência.
Ideal será uma cuidadosa análise e aplicação da moderna psicopedagogia, especialmente baseada no amor e na paciência, no diálogo e na convivência com os pais, de maneira a transmitir-se afetividade e respeito, carinho e segurança psicológica ao paciente infantil.
Quando a criança dê-se conta de que é amada e compreendida, novos estímulos contribuirão para a diminuição da desatenção e da hiperatividade, ajustando-a aos programas de ação edificante e de construção da sociedade feliz.
*   *   *
Quando, no sermão profético, narrado pelo Evangelista Marcos, Jesus refere-se às grávidas e às que amamentarem nos dias terríveis do Senhor, elucida gentilmente sobre as atuais ocorrências familiares, as dificuldades de convivência doméstica, os desafios educadores no lar, os relacionamentos afetivos entre os parceiros...
Ao mesmo tempo, em relação aos problemas de radioatividade que possam ocorrer, conforme já tem sucedido, com a contaminação pelo estrôncio e outras substâncias destrutivas que dão lugar ao surgimento de anomalias de vária ordem, culminando com os tormentos cancerígenos, especialmente leucêmicos...
O momento é, portanto, muito grave, propondo graves reflexões e elevação de sentimentos, de modo a contribuir-se de maneira eficaz para que esse tormentoso período seja abreviado...

Joanna de Angelis.
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 20 de abril de2011, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia.
Em 30.08.2011.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Preceitos de Paz


Agora é o seu mais belo momento de realizar o bem.
Ontem passou e amanhã está por vir.
Qualquer encontro é uma grande oportunidade.
Pense nas sementes minúsculas de que a floresta nasceu.
Não deixe de falar, mas aprenda a ouvir.
Quem sabe escutar pacientemente, encontra pistas notáveis para o êxito no serviço que abraçou.
Fuja de cultivar conversações menos dignas.
O interlocutor terá vindo buscar o seu respeito a Deus e à vida, a fim de equilibra-se.
Não dê tempo as lamentações.
Meia hora de trabalho, no auxílio ao próximo, muitas vezes consegue alterar profundamente os nossos destinos.
Não mostre um rosto triste.
Muita gente precisa da sua alegria para levar alegria aos outros.
Não menospreze quem bate à porta, conquanto esteja você disponível.
Em muitas ocasiões, aquele que aparentemente incomoda é o portador de grande auxílio.
A ninguém considere inútil ou fraco.
Um palácio, comumente, é a construção enorme; no entanto, nem sempre oferece agasalho ou acesso, sem a colaboração de uma chave.
Não persista em obstinações, reações ou discussões desnecessárias.
Em muitos casos, um simples prego, atacando uma roda, pode retardar a viagem num carro perfeito.
Auxilie a todas as criaturas que lhe partilham o clima individual.
Ainda mesmo na doença mais grave ou na penúria mais avançada, você pode prestar um grande serviço ao próximo: você pode sorrir.

"André Luiz"

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

QUANTO MAIS


Abençoai sempre as vossas dificuldades e não as lastimeis, considerando que Deus nos concede sempre o melhor e o melhor tendes obtido constantemente com a possibilidade de serdes mais úteis.
Quanto mais auxiliardes aos outros, mais amplo auxílio recebereis da Vida Mais Alta.
Quanto mais tolerardes os contratempos do mundo, mais amparados sereis nas emergências da vida, em que permaneceis buscando paz e progresso, elevação e luz.
Quanto mais liberdade concederdes aos vossos entes amados, permitindo que eles vivam a existência que escolheram, mais livres estareis para obedecer a Jesus, construindo a vossa própria felicidade.
Quanto mais compreenderdes os que vos partilham os caminhos humanos, mais respeitados vos encontrareis de vez que, quanto mais doardes do que sois em benefício alheio, mais ampla cobertura de amparo do Senhor assegurará a tranqüilidade em vossos passos.
Continuemos buscando Jesus em todos os irmãos da Terra, mas especialmente naqueles que sofrem problemas e dificuldades maiores que os nossos obstáculos, socorrendo e servindo e sempre mais felizes nos encontraremos sob as bênçãos dele, nosso Mestre e Senhor.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito Bezerra de Menezes.
Araras, SP: IDE, 1978.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O MÉDIUM PODE ALIMENTAR-SE DE CARNE NO DIA DA REUNIÃO?


“Mas podes estar certo de que chegará o tempo em que os bons médiuns serão muito comuns, para que os Espíritos bons não precisem mais servir-se de maus instrumentos.” O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – Cap  XX questão 226 § 5
Muita polemica se tem gerado em torno dessa problemática. Em que afeta ao homem, no exercício da mediunidade, o sistema alimentar?
Primeiramente, é preciso entender que a carne alimenta o corpo, que influencia e recebe a influência do perispírito. A alimentação carnívora, generosa em fluidos densos, causadora de inúmeras enfermidades, dificulta a mobilidade perispiritual na saída do corpo e no trânsito dentro da ambiência  espiritual, à proporção que intoxica os centros de força e o plasma perispiritual no que diminui a percepção, a vibração e a lucidez perispirituais, com acentuado prejuízo para o intercâmbio psíquico e para a qualidade dos fluídos com que operam os mentores. Muitos a consideram insubstituível como fonte geradora de proteínas. Os que lêem O Livro dos Espíritos encontram, na pergunta 723, as referências espirituais: “Em nosso estágio, a carne alimenta a carne...” e nisso se baseiam para o seu uso e abuso, esquecidos de que, sendo a doutrina evolutiva, deixou na poeira do tempo a justificativa, que hoje não encontra ressonância frente aos avanços da Engenharia de Alimentos e dos conhecimentos acerca do perispírito.
A doutrina nascente não poderia iniciar-se com proibições, uma vez que tem o livre arbítrio como postulado básico. Contudo, diz o Espírito Verdade, em resposta à mesma indagação: “O homem deve, pois, se alimentar segundo lhe exige sua organização” Perguntamos: a organização mediúnica, perispiritual, fisiológica, psicológica, mental, necessita de combustível sanguinolento para bom desempenho? São insubstituíveis tais fontes de energia?
A evolução da Engenharia de Alimentos nos permite dizer que o regime vegetariano substitui integralmente qualquer tipo de alimento de origem animal, principalmente a carne.
Em Nosso Lar a controvérsia em torno dos alimentos pesados foi longa e de difícil solução. Foram anos de batalha verbal, com implicações perispirituais em vasta população, cujo predomínio fisiológico não lhe permitira o gerenciamento da questão nos moldes nascidos do bom senso. Após exaustivo esforço de subida, concluiu-se que o melhor para todos era o regime de fluidos e essências reconfortantes, com exceção dos recém chegados da Terra via desencarne.
É preciso entender que os instrutores espirituais que orientam os aprendizes da mediunidade não exigem nem interferem no sistema alimentar de ninguém. Apenas aconselham, como medida salutar e benéfica à evolução e ao aperfeiçoamento dos trabalhos mediúnicos, o preparo físico e moral. O preparo físico, em que se inclui a abstenção de todo e qualquer desregramento e excesso, também reivindica a alimentação leve e de fácil digestão, pelo menos no dia marcado para as tarefas mediúnicas. O preparo moral corre por conta da oração e da vigilância, sem as quais a produção se anula sob o florete da obsessão ou da fascinação.
A alimentação grosseira compromete o desempenho do médium, mesmo com o árduo concurso dos técnicos em limpeza perispiritual, cuja função é retirar do sistema digestivo e circulatório dos invigilantes os pesados fluidos que lhes empanam os chacras ou centros de força.  A alimentação leve, ingerida duas horas antes da reunião, ou antes, facilita o trabalho dos técnicos e aumenta a produtividade fluídica da reunião, com o equivalente avanço no atendimento dos enfermos.
Alimentação pesada significa sobrecarga de trabalho no sistema digestivo e, transformando o medianeiro em barril de condimentos e pastas, forte atrativo para os vampiros e glutões desencarnados.
O ser humano, além do alimento que lhe concede energia ao sistema celular, igualmente necessita da alimentação fluídica, das emanações afetivas, da prece, alimento do Espírito, e de um ideal nobre que lhe faculte antever a destinação luminosa. Prender-se apenas a uma angulação alimentar é retardar-se na penumbra, uma vez que, dotado de corpo e Espírito, deles precisa zelar com perseverança.
Conclui-se portanto, que, quanto mais leve o alimento, menos poluição perispiritual, qual ocorre aos aviões, cuja gasolina é especial, e aos caminhões, que consomem o óleo bruto. Se o bife é gostoso e insubstituível na lista das prioridades, é que o aprendiz cultua mais o corpo que o Espírito, necessitando muito esforço na decisão de visitar menos o açougue e mais o centro espírita.
MEDIUNIDADE - TIRE SUAS DÚVIDAS - LUIZ GONZAGA PINHEIRO

terça-feira, 16 de agosto de 2011

DOENÇAS ESPIRITUAIS


O Objetivo Espírita
 
O Espiritismo é uma doutrina que introduz ao nível do conhecimento médico um vastíssimo campo de estudo ampliando diagnósticos e introduzindo uma nova compreensão para justificar a razão do sofrimento que a doença nos traz.
 
Entretanto, o Espiritismo não veio para competir com qualquer especialidade médica e sua principal atuação não é a de produzir curas. Com muita freqüência, seus adeptos, o utilizam com esses propósitos, sugerindo na sua busca, o consolo e a cura das doenças. Seu papel, primordial, é o de iluminar e esclarecer, para que cada criatura promova por si próprio, sua reeducação espiritual. Sem reforma íntima não vai ocorrer progresso nem cura. Neste sentido, as doenças são compreendidas como lições com grande potencial de transformação e trazem oportunidades de renovação e crescimento espiritual.

Uma Anamnese Voltada para a Espiritualidade
 
 A maioria dos nossos pacientes aceita muito bem um diálogo com o médico sobre sua espiritualidade. De maneira geral nosso povo, por crendice ou sabedoria mesmo, reconhece que muitas doenças tem alguma coisa a ver com a espiritualidade, ou como causa, ou como processo benéfico para sua cura. Podemos explorar o interrogatório médico de tal modo que o paciente perceba que, falar sobre a espiritualidade não implica em se comprometer com uma religião e que uma e outra podem ser perfeitamente separadas.

Método de Avaliação.
 
Aprendemos a adotar um critério arbitrário em que a espiritualidade do paciente é avaliada em três domínios (1) :
 
O Domínio da crença: aqui, o paciente revela suas crenças ou não, na existência de Deus, na existência e imortalidade da Alma, no mundo invisível onde habitam os espíritos, na possibilidade de sua comunicação com o seu Deus, na reencarnação, na comunicação dos espíritos conosco.
 
Esta relação com a espiritualidade que os pacientes costumam se referir é, quase sempre, muito específica e individual sendo, às vezes, muito difícil de serem expressas em palavras, já que está ligada a uma crença que é intransferível, sagrada para cada um que a aceita e implica, como exigência máxima, o respeito que cada um espera ter para sua convicção própria.
 
O Domínio da prática: refere-se ao comportamento que cada um desenvolve em relação as suas crenças ou a religião que diz adotar. Assim, identificaremos os freqüentadores ocasionais e os assíduos, os participantes e os indiferentes, os curiosos e os inquiridores, todos eles com maior ou menor empenho em por em prática o que ouve das lições que sua religião se dispõe a ensinar.
 
O Domínio da experiência transcendente: é a participação, freqüentemente “traumática”, episódica, ocasional ou persistente e controlada que certas pessoas desfrutam com a espiritualidade. Temos os exemplos de pessoas que são surpreendidas pela visão de uma entidade espiritual, coisa que possa ter-lhe acontecido apenas uma vez na vida, mas, que lhe marcou profundamente. Outros, num momento de forte stress, como um acidente de automóvel ou a queda de avião, em que são os únicos sobreviventes, se sentiram, a partir daí, tocados por uma atuação privilegiada das divindades que o protegem. Estão neste grupo, também, aqueles casos de relatos das experiências fora do corpo, que traduzem um desdobramento do corpo espiritual, com um deslocamento mais ou menos demorado pelo mundo espiritual. Nestes casos, pode ou não haver consciência de contatos com entidades que os amparam nestes deslocamentos “fora do corpo”. Entre tantos outros exemplos, precisa ser destacada, também, com ênfase, toda a fenomenologia mediúnica que a doutrina espírita tem o privilégio de esclarecer em seus pormenores, revelando os insondáveis caminhos da mediunidade cujos canais de comunicação nos põem em contato com a espiritualidade. Na experiência transcendente da mediunidade, a disciplina moral exerce um papel produtivo no grau de elevação espiritual do fenômeno

A Fisiopatogenia
  
A possibilidade de existir uma doença espiritual só pode ser aceita com a crença em um novo paradigma que a doutrina espírita introduz em seus fundamentos (2).
 
O Espiritismo ensina que Deus é a “Inteligência Suprema do Universo” e tudo que existe faz parte da sua criação.
 
Cada um de nós é um espírito encarnado que está em processo de aprendizado que, necessariamente, vai nos levar a perfeição. Depois de um número inimaginável de reencarnações, neste, e em outros mundos onde também existe a vida.
 
Quando o corpo perece, a Alma que o anima passa a viver no mundo espiritual onde estão todos dos outros espíritos que nos precederam. Este mundo espiritual está em estreita ligação com o mundo material que habitamos e os Espíritos que aí vivem exercem constantemente uma forte interferência em nossas vidas.
 
Além do corpo físico, cada um de nós se serve de outro corpo de natureza intermediária entre a nossa realidade física e o mundo espiritual. Este corpo espiritual ou perispírito é consolidado pelo “fluido cósmico” disponível em cada um dos mundos habitados.
 
O pensamento é força criadora proveniente do Espírito que o impulsiona. Mesmo conhecendo muito pouco de suas propriedades, sabemos que a energia mental que o pensamento exterioriza, exerce total influência no corpo espiritual, modificando sua forma, sua aparência e sua consistência. É por isto que, Allan Kardec, afirmou que, situa-se no perispírito a verdadeira causa de muitas doenças e a Medicina teria muito a ganhar quando compreendesse melhor sua natureza (3).
 
Cada um de nós vive em sintonia com o ambiente espiritual que suas atitudes e seus desejos constroem para si próprio.

Diagnóstico da Doença ou Manifestação Espiritual
 
A mim parece que temos no meio espírita dois vícios de interpretação das manifestações da espiritualidade. Quase sempre, aquele que busca no centro espírita uma orientação diante seus problemas, vai ouvir que seu caso é de “obsessão” ou no mínimo de “mediunidade” e que ele “precisa se desenvolver”.
 
É preciso reconhecer que, enquanto criaturas humanas que somos, percorrendo mais uma encarnação no planeta, pertencemos a um vastíssimo grupo de espíritos que, sem exceção, ainda está muito endividado e comprometido com seus resgates para imaginarmos que algum de nós possa se aventurar a dizer que não tem qualquer problema espiritual. No meio médico os alemães costumam dizer que “só tem saúde aquele que ainda não foi examinado”. Do ponto de vista espiritual uma afirmação deste tipo, longe de ser um exagero da exigência minuciosa dos germânicos, é uma verdade que só aquele que não se deteve em examinar sua consciência pode contestar.
 
Classificação:
 
Considerando a fisiopatogenia das doenças espirituais costumamos adotar o seguinte conjunto de diagnósticos (4):
  
1 - Doenças espirituais auto-induzidas:
Desequilíbrio vibratório
auto-obsessão
 
2 - Doenças espirituais compartilhadas:
Vampirismo
Obsessão
 
3 - Mediunismo
 
4 - Doenças cármicas
 
Desequilíbrio Vibratório
 
O perispírito é um corpo intermediário que permite ao espírito encarnado exercer suas ações sobre o corpo físico. Sua ligação é feita célula a célula atingindo a mais profunda intimidade dos átomos que constitui a matéria orgânica do corpo físico. Esta ligação se processa a custa das vibrações que cada um dos dois corpos, o físico e o espiritual possuem (5). Compreende-se então que este “ajuste” exige uma determinada sintonia vibratória. O perispírito não é prisioneiro das dimensões físicas do corpo de carne e pode manifestar suas ações alem dos limites do corpo físico pela projeção dos seus fluidos. A sintonia e a irradiação do perispírito são dependentes unicamente das projeções mentais que o espírito elabora. Assim, a aparência e a relação entre o corpo físico e o corpo espiritual são dependentes exclusivamente do fluxo de idéias que construímos.
 
Devemos reconhecer que, de maneira geral, o ser humano ainda perde muito dos seus dias comprometido com a crítica aos semelhantes, o ódio, a maledicência, as exigências descabidas, a ociosidade, a cólera e o azedume entre tantas outras reclamações levianas contra a vida e contra todos. O orai e vigiai ainda está distante da nossa rotina e a tentação de enumerar os defeitos do próximo ainda é muito grande.
 
São estes os motivos que desajustam a sintonia entre o corpo físico e o perispírito. É esta desarmonia que desencadeia as costumeiras sensações de mal estar, de “estafa” desproporcional, a fadiga sistemática, a dispnéia suspirosa onde o ar parece sempre faltar, os músculos que doem e parece não agüentar o corpo (6). A enxaqueca que o médico não consegue eliminar, a digestão que nunca se acomoda e tantas outras manifestações tidas a conta de “doenças psicossomáticas”. São tantos a procurarem os médicos, mas muito poucos a se dedicarem a uma reflexão sobre os prejuízos de suas mesquinhas atitudes.

A Auto-obsessão
 
O pensamento é energia que constrói imagens que se consolidam em torno de nós desenhando um “campo de representações” de nossas idéias. A custa dos elementos absorvidos do “fluido cósmico universal”, as idéias tomam formas, sustentadas pela intensidade com que pensamos no que esta idéia propõe. A matéria mental (7) constrói em torno de nós uma “atmosfera psíquica” (psicosfera) onde estão representados os nossos desejos. Neste cenário estão os personagens que nos aprisionam o pensamento pelo amor ou pelo ódio, pela inveja ou pela cobiça, pela indiferença ou pela proteção que projetamos para os que queremos bem.
 
Da mesma forma, os medos, as angústias, as mágoas não resolvidas, as idéias fixas, o desejo de vingança, as opiniões cristalizadas, os objetos de sedução, o poder ou os títulos cobiçados, também se estruturam em “idéias-formas”. A partir daí seremos prisioneiros do próprio medo, dos fantasmas da nossa angústia, das imagens dos nossos adversários, da falsa ilusão dos prazeres terrenos ou do brilho ilusório das vaidades humanas.
 
A matéria mental produz a “imagem” ilusória que nos escraviza. Por capricho nosso, somos “obsediados” pelos próprios desejos.

As Doenças Espirituais Compartilhadas
 
Incluímos aqui o vampirismo e a obsessão. Dizemos compartilhada porque, são produzidas pela associação perturbadora de um espírito desencarnado e sua vítima, estando ambos sofrendo de um mesmo processo psicopatológico. A participação como vítima ou réu, freqüentemente se alterna entre eles.

Vampirismo (8)
 
O mundo espiritual é povoado por uma população numerosíssima de espíritos que segundo informes deve ser 4 a 5 vezes maior que os 6 bilhões de Almas encarnadas em nosso planeta. Como a maior parte desta população de espíritos, deve estar habitando as proximidades dos ambientes terrestres onde flui toda vida humana, não é de estranhar que, estes espíritos, estejam compartilhando conosco todas as boas e más condutas do nosso cotidiano (9).
 
Contamos com eles como guias e protetores que constantemente nos inspiram, mas, na maioria das vezes, nós os atraímos pelos vícios e eles nos aprisionam pelo prazer.
 
Contam-se aos milhões os homens envolvidos com o álcool, o cigarro, as drogas ilícitas, os soporíferos, os desregramentos alimentares e os abusos sexuais.
 
Para todas estas situações as portas da invigilância estão escancaradas permitindo o acesso de entidades desencarnadas que passam a compartilhar conosco o elixir das satisfações mundanas da carne.
 
Nestes desvios da conduta humana  a mente do responsável agrega em torno de si elementos fluídicos que aos poucos vão construindo “miasmas psíquicos” com extrema capacidade corrosiva do organismo que a hospeda. O alcoolista, o drogado ou o viciado de qualquer substância constrói para si mesmo os germens que passam a lhes obstruir os funcionamentos das células hepáticas, dos glomélulos renais, dos alvéolos pulmonares, dos dúctos prostáticos, cronificando lesões que a medicina tem a conta de processos incuráveis.
 
As entidades espirituais viciadas compartilham os prazeres do vício que o encarnado lhes favorece e ao seu tempo o estimula a permanecer no vício. Nesta associação há uma tremenda perda de energia por parte do responsável pelo vício, daí, a expressão, vampirismo, ser muito adequada para definir esta parceria.

Obsessão
 
No decurso de cada encarnação a misericórdia de Deus nos permite usufruir das oportunidades que melhor nos convém para estimular nosso progresso espiritual. Os reencontros ou desencontros são de certa maneira planejados ou atraídos por nós para os devidos resgates de compromissos que deixamos para traz ou as facilidades aparecem para cumprimos as grandes promessas que desenhamos no plano espiritual.
 
É assim que, pais e filhos, se reencontram como irmãos, como amigos, como parceiros de uma sociedade comum na atividade humana. Marido e mulher que se desrespeitaram, agora se reajustam como, pai e filha, chefe e subalterno ou como parentes distantes que a vida dificulta a aproximação. Mães que desprezaram os filhos, hoje passam de consultório a consultório  numa peregrinação onde desfilam dificuldade para terem de novo seus próprios filho. A vida de uma maneira ou de outra vai reeducando a todos. Os obstáculos que à primeira vista parecem castigo ou punição trazem no seu emaranhado de provas a possibilidade de recuperar os danos físicos ou morais que produzimos no passado.
 
Com freqüência, ganhamos ou perdemos na grande luta da sobrevivência humana. Nenhum de nós percorre esta jornada sem ter que tomar decisões, sem deixar de expressar seus desejos e sem fazer suas escolhas. É aí que muitas e muitas vezes contrariamos as decisões, os desejos e as escolhas daqueles que convivem próximo de nós.
 
Em cada existência amontoamos pessoas que não nos compreenderam, amigos que nos abandonaram por se contrariarem com opiniões diferentes da nossa, sócios que não cumpriram seus compromissos conosco, parentes ou simples conhecidos que difamaram gratuitamente nosso nome.
 
Em muitas outras ocasiões do passado, já tivemos oportunidade de participar de grandes disputas financeiras, de crimes que a justiça terrena não testemunhou, de aborto clandestino que as alcovas esconderam e de traições que a sociedade repudiou e escarneceu
 
Nos rastros destas mazelas humanas, nós todos, sem exceção, estamos endividados e altamente comprometidos com outras criaturas, também humanas e exigentes como nós mesmos, que, agora, estão a nos cobrar outros comportamentos, a nos exigir a quitação de dívidas que nos furtamos em outras épocas e a persistirem no seu domínio procurando nos dificultar a subida mais rápida para os mais elevados estágios da espiritualidade.
 
Embora a ciência médica de hoje ainda não a traga em seus registros nosológicos, a obsessão espiritual, na qual uma criatura exerce seu domínio sobre a outra, este é de longe o maior dos males da patologia humana.
 
Nas obras básicas do Espiritismo, Allan Kardec, esclareceu que a obsessão se estabelece em três domínios de submissão crescente: a “obsessão simples”, a “fascinação” e a “subjugação”. Os textos clássicos de Kardec e toda literatura espírita subsequente, principalmente de André Luiz e seus abnegados interpretes como Marlene Rossi Severino Nobre (A obsessão e suas máscaras) são mais do que suficientes para nos esclarecerem sobre este tema.

Mediunismo
 
Pretendemos, com esta denominação, discutir os quadros de manifestações sintomáticas apresentadas por aqueles que, incipientemente, inauguram suas manifestações mediúnicas (10). Com muita freqüência, a mediunidade, para certas pessoas, se manifesta de forma tranqüila e é tida como tão natural que, o médium, quase sempre ainda muito jovem, mal se dá conta de que o que vê, o que percebe e o que escuta, de diferente, são comunicações espirituais e que só ele está detectando estas manifestações, embora, lhes pareçam ser compartilhadas por todos.
 
Outras vezes, os fenômenos são apresentados de forma abundante e o principiante é tomado de medos e insegurança, principalmente, por não saberem do que se trata e costumam se retraírem, por perceberem que são diferentes das pessoas com quem convivem.
 
Em outras ocasiões, temos a mediunidade atormentada por espíritos perturbadores e o médium, sem contar com qualquer proteção que o possa ajudar, se vê as voltas com uma série de quadros da psicopatologia humana. Freqüentemente ocorrem crises do tipo pânico, histeria ou manifestações somatiformes que se expressam em dores, paralisias, anestesias, “inchaço” dos membros, insônia rebelde, sonolência incontrolável etc.
 
Uma grande maioria tem pequenos sintomas psicossomáticos e se sentem influenciados ou acompanhados por entidades espirituais (11). São médiuns com aptidões ainda muito acanhadas que estão em fase de aprendizado e domínio de suas potencialidades. Trata-se de uma tenra semente que precisa ser cultivada para se desabrochar.

Doenças Cármicas
 
Sempre que pelas nossas intemperanças desconsideramos os cuidados com o nosso corpo e nas vezes que por agressividade gratuita atingimos o equilíbrio físico ou psíquico do nosso próximo, estamos imprimindo estes desajustes nas células do corpo espiritual que nos serve.
 
É assim que, na patologia humana, ficam registrados os quadros de “lúpus” que nos compromete as artérias, do “pênfigo” que nos queima a pele, das “malformações” que deformam o coração ou o cérebro, da “esclerose múltipla” que nos imobiliza no leito ou das demências, que nos compromete a lucidez e nos afasta da sociedade.
 
Precisamos compreender que estas e todas as outras manifestações de doença não devem ser vistas a conta de castigos ou punições.
 
O Espiritismo ensina que estas e todas outras dificuldades que enfrentamos, são oportunidades de resgate, as quais, com freqüência, fomos nós mesmos quem as escolhemos para acelerar nosso progresso e nos alavancar da retaguarda que as vezes nos mantém distantes daqueles que nos esperam adiante de nós.
 
Mais do que a cura das doenças, a medicina tibetana, há milênios atrás, ensinava que, médico e pacientes, devem buscar a oportunidade da iluminação. Os padecimentos pela dor e as limitações que as doenças trazem, nos possibilitam o esclarecimento se nos predispormos a buscá-lo. Mais importante do que aceitar o sofrimento numa resignação passiva e pouco produtiva, faz-se necessário, superar qualquer limitação ou revolta, para promovermos o crescimento espiritual, através desta descoberta interior e individual.

Tratamento das Doenças Espirituais
 
Corrigir os problemas espirituais implica em reeducar o espírito. Os tratamentos sintomáticos podem trazer um socorro imediato ou um alívio importante, mas, transitório.
 
Percorrer as casas espíritas em busca de alívio pelo passe magnético, pela água fluida magnetizada com os fluidos revitalizadores ou para desfrutar de alguns momentos de saudável harmonia com a espiritualidade, apenas repetem as buscas superficiais que a maioria das pessoas fazem em qualquer consultório medico ou recinto de cura de outras instituições religiosas que prometem curas rápidas.
 
Trabalhar para conhecer e tratar a doença espiritual exige uma reforma interior que demanda esforço, disciplina e dedicação.
 
Neste sentido o médico não está ali para controlar a doença de quem o procura, mas, deve se comprometer em desempenhar o papel de orientador seguro, com atitudes condizentes com as que propõe ao paciente.
 
O postulado número um neste tratamento deve ser, portanto, um código de conduta moral, que deve partir do compromisso que o médico e qualquer outro terapeuta deva assumir.
 
São de grande sensibilidade os conselhos de Allan Kardec:
 
“...Dome suas paixões animais; não alimente ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não se deixe dominar pelo egoísmo; purifique-se, nutrindo bons sentimentos; pratique o bem; não ligue às coisas deste mundo importância que não merecem (12) ”.
 
No nosso ambiente de trabalho temos adotado conduta simples que até agora tem nos parecido de grande repercussão no tratamento:
 
Desde a sala de espera, criamos um ambiente onde o paciente já começa a perceber que nosso trabalho está comprometido com a espiritualidade. Sem qualquer ostentação de misticismo vulgar ou crenças supersticiosas, na sala de espera, o paciente lê um convite para participar da nossa reunião de “diálogo com o evangelho” feita no período da manhã. Entre outras mensagens, as quais ele pode retirar e levar para uma leitura mais demorada, fizemos constar a presença de um “livro de preces” onde pode ser colocado nomes e endereços para serem encaminhadas as “vibrações” nos dias das leituras do evangelho, que são sempre precedidas e encerradas com meditação e prece.
 
Os quadros de obsessão e outras patologias nos quais se supõe interferências mais graves de entidades espirituais, devem ser obrigatoriamente referidos para as casas espíritas, que estão preparadas adequadamente para lidarem com estes dramas.

1- Ver: Willian Miller: Integrating Spirituality into Treatment: Resource for Practioners
2- Ver: “Paradigmas Espíritas na Prática Médica” no meu livro “Muito Além dos Neurônios”.
3- Livro dos Espíritos. Alan Kardec.
4- A classificação que aqui adotamos é arbitrária. Nós a temos divulgado em várias ocasiões, sempre que falamos sobre “Doenças Espirituais”. O livro Missionários da Luz de André Luiz/Chico Xavier nos serviu de inspiração para a descrição dos quadros aqui apresentados.
5- Mecanismos da Mediunidade. André Luiz/Chico Xavier.
6- Livro dos Espíritos. Ver pergunta 471.
7- Mecanismos da Mediunidade. André Luiz/Chico Xavier
8- Este termo é sugerido por André Luiz. Ver : Missionários da Luz.
9- Livro dos Espíritos. Ver perguntas 456, 457 e 459.
10- Livro dos Médiuns. Ver: Capítulo XVIII. “Dos inconvenientes e perigos da mediunidade”.
11- Livro dos Espíritos. Ver:“Influência Oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e atos”. Perguntas  459 a 472.
12- Livro dos Espíritos. Pergunta 257. Ver: Texto de Alan Kardec sobre: “Ensaio Teórico das Sensações nos Espíritos”. Págs. 165 a 170.

Nubor Orlando Facure
http://www.ieja.org/portugues/p_index.htm