segunda-feira, 26 de julho de 2010

Doar Sangue

Doar sangue é um ato de caridade? Nós, espíritas, estamos conscientes da grandeza deste ato?
Veremos então. Se eu considero que uma determinada pessoa necessite de uma transfusão de sangue em função de uma cirurgia ou qualquer outro procedimento que seja urgente para lhe salvar a vida. Se entendo que isso pode acontecer a qualquer um de nós, em qualquer lugar desse planeta. E, se eu entendo que essas necessidades só são supridas com a doação de sangue, então concluo que esse ato é Cristão, caridoso e humilde, pois quem doa, normalmente, não sabe para quem está doando.
Enquanto o homem, apesar de seu desenvolvimento científico, não for capaz de criar um sangue artificial com as mesmas propriedades do sangue humano, sempre haverá a necessidade desse gesto de amor.
Sendo assim meus irmãos, vamos deixar o medo, o preconceito e a vaidade de lado. Façamos parte desse legião de pessoas doadoras por todo o mundo.

“Há numerosos companheiros da pregação salvacionista que, de bom
grado, se elevam a tribunas douradas, discorrendo preciosamente
sobre os méritos da bondade e da fé, mas, se convidados a contribuir
nas boas obras, sentem-se feridos na bolsa e recuam apressados, sob
disparatadas alegações.
Impedimentos mil lhes proíbem o exercício da caridade e afastam-se
para diferentes setores, onde a boa doutrina lhes não constitua
incômodo à vida calma.
Efetivamente, no entanto, na prática legítima do Evangelho não nos
cabe apenas gastar o que temos, mas também dar do que somos.”
(Fonte Viva, Francisco C. Xavier, Ditado pelo Espírito Emmanuel, 53-Na Pregação)


Vamos doar a vida!

Saúde em todos os corpos!



Por Antonio Melo

sábado, 17 de julho de 2010

CADA QUAL

"Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo".
- Paulo. I CORINTIOS 12:4.


Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades divinas para a edificação de quantos com ele convivem.
Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que colaboremos no engrandecimento do tesouro comum de sabedoria e de amor.
Quem administra, mais freqüentemente pode expressar a justiça e a magnanimidade.
Quem obedece, dispõe de recursos mais amplos para demonstrar o dever bem cumprido.
O rico, mais que os outros, pode multiplicar o trabalho e dividir as bênçãos.
O pobre, com mais largueza, pode amealhar a fortuna da esperança e da dignidade.
O forte, mais facilmente, pode ser generoso, a todo instante.
O fraco, sem maiores embaraços, pode mostrar-se humilde, em quaisquer ocasiões.
O sábio, com dilatados cabedais, pode ajudar a todos, renovando o pensamento geral para o bem.
O aprendiz, com oportunidades multiplicadas, pode distribuir sempre a riqueza da boa-vontade.
O são, comumente, pode projetar a caridade em todas as direções.
O doente, com mais segurança, pode plasmar as lições da paciência no ânimo geral.
Os dons diferem, a inteligência se caracteriza por diversos graus, o merecimento apresenta valores múltiplos, a capacidade é fruto do esforço de cada um, mas o Espírito Divino que sustenta as criaturas é substancialmente o mesmo.
Todos somos suscetíveis de realizar muito, na esfera de trabalho em que nos encontramos.
Repara a posição em que te situas e atende aos imperativos do Infinito Bem. Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos, e a vontade Divina te aproveitará.



Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Depressão e o Espírita


Como participante do movimento espírita, sempre que estou numa reunião doutrinária, fico a observar a condução dos nossos amigos colaboradores no trato de assistência àqueles que lá se encontram, seja ele encarnado ou desencarnado. Pois bem, numa dessas noites, o tema central era: DEPRESSÃO; tema complexo e de difícil trato, pois certamente encontraríamos entre os presentes, alguém que já tenha vivido esse mal, ele próprio ou outra pessoa de seu relacionamento. As causas dessa doença nossa medicina ainda titubeia em garantir, mas sabe-se que há muitas mentes empenhadas em descobrir para que se possa levar o lenitivo ao paciente.
Escutei um depoimento de uma participante que foi um verdadeiro ensinamento cristão. Ela vive há mais de oito anos com o seu esposo com várias patologias graves e há pouco mais de dois anos o mesmo vive um quadro depressivo face as duras provas a que ele vive com seu quadro doentio. Não sabemos ao certo como ocorreram as graves doenças, contudo, ela nos trouxe uma realidade em que o esposo-depressivo considera-se um peso para ela e a família, e que a ele, inútil, só lhe resta a morte, pois não há mais o que ele possa fazer de produtivo a ninguém. Como disse-nos, médicos, remédios, tratamentos, tudo está sendo oferecido ao seu esposo, que ela própria o coloca como homem bom, digno, trabalhador e forte, mas que suas mazelas do corpo o corroeram tão forte o espírito que hoje ele não tem mais o domínio sobre sua mente. Precisa de remédios para voltar a ter consciência de sua existência.
E aí? Como ficamos diante de quadro tão explícito? Vale ressaltar que a declarante em nenhum momento se coloca como vítima. Muito pelo contrário. Seu depoimento foi corajoso e mostra que temos que encarar nossas dificuldades e sempre que possível, devemos dividir como outros, afim de que, haja uma troca positiva de experiências e sentimentos.
Meus amigos, a platéia ficou parada diante disso, inclusive eu. Nenhuma palavra foi dita em prol daquele quadro. Nem mesmo nossos colaboradores foram capazes de expor alguma coisa para ela.  Após alguns segundos, fiz uma oração pedindo a Deus umas palavras que pudessem diminuir a carga de emoção que havia na sala. Peguei o Evangelho Segundo o Espiritismo e busquei o índice. Achei: Capítulo 5 “Bem Aventurados os Aflitos”. Li rapidamente, em silêncio, e conclui que seria uma boa chance de abrir uma nova discussão na reunião. Mas ao examinar o semblante daquela mulher: firme, olhar decidido, feições juvenis, percebi então que ela não precisava mais de nenhuma leitura. Enquanto aos outros, pensamentos mil, recordações, deduções, sentimentos diversos... aquela seria uma boa hora para a compreensão desse capítulo. Contudo, não tínhamos mais tempo suficiente. O coordenador da reunião conduziu nossos pensamentos para o desfecho daquela sessão.
Fiquei com uma impressão de que a Depressão é uma doença cruel, traiçoeira, maldita. Se não fosse a confiança que tenho em Deus, de que somos nós mesmos os responsáveis por nossos atos e que tudo que vivemos a cada encarnação, nos vem como prova e, mesmo dura como essa do nosso amigo, deve ser encarada com dignidade. Se formos sensíveis ao que Cristo nos ensinou, devemos vigiar nossos pensamentos a cada instante (orar e vigiar), não permitir que certos pensamentos invadam nossa mente, que assumamos uma atitude de servir ao próximo, ser útil é como arar a terra, deixa nossa mente oxigenada, feliz. O depressivo sente falta de amor. Se não sabemos amar sem cobranças, sem troca, que comecemos agora a praticar. Que o Deus vivo habite em nossa alma encarnada, para que não soframos desse mal e nem de outros. Sabemos que nosso corpo sofre do que vem de nossa alma triste ou entregue aos sentimentos extremados de orgulho, vaidade e desamor. Vivamos intensamente. Que nossa vibração irradie para todo aquele que esteja carente. Que um dia possamos viver em paz e em comunhão com Jesus.
Por Antonio Melo