terça-feira, 6 de setembro de 2011

O MÉDIUM PODE ALIMENTAR-SE DE CARNE NO DIA DA REUNIÃO?


“Mas podes estar certo de que chegará o tempo em que os bons médiuns serão muito comuns, para que os Espíritos bons não precisem mais servir-se de maus instrumentos.” O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – Cap  XX questão 226 § 5
Muita polemica se tem gerado em torno dessa problemática. Em que afeta ao homem, no exercício da mediunidade, o sistema alimentar?
Primeiramente, é preciso entender que a carne alimenta o corpo, que influencia e recebe a influência do perispírito. A alimentação carnívora, generosa em fluidos densos, causadora de inúmeras enfermidades, dificulta a mobilidade perispiritual na saída do corpo e no trânsito dentro da ambiência  espiritual, à proporção que intoxica os centros de força e o plasma perispiritual no que diminui a percepção, a vibração e a lucidez perispirituais, com acentuado prejuízo para o intercâmbio psíquico e para a qualidade dos fluídos com que operam os mentores. Muitos a consideram insubstituível como fonte geradora de proteínas. Os que lêem O Livro dos Espíritos encontram, na pergunta 723, as referências espirituais: “Em nosso estágio, a carne alimenta a carne...” e nisso se baseiam para o seu uso e abuso, esquecidos de que, sendo a doutrina evolutiva, deixou na poeira do tempo a justificativa, que hoje não encontra ressonância frente aos avanços da Engenharia de Alimentos e dos conhecimentos acerca do perispírito.
A doutrina nascente não poderia iniciar-se com proibições, uma vez que tem o livre arbítrio como postulado básico. Contudo, diz o Espírito Verdade, em resposta à mesma indagação: “O homem deve, pois, se alimentar segundo lhe exige sua organização” Perguntamos: a organização mediúnica, perispiritual, fisiológica, psicológica, mental, necessita de combustível sanguinolento para bom desempenho? São insubstituíveis tais fontes de energia?
A evolução da Engenharia de Alimentos nos permite dizer que o regime vegetariano substitui integralmente qualquer tipo de alimento de origem animal, principalmente a carne.
Em Nosso Lar a controvérsia em torno dos alimentos pesados foi longa e de difícil solução. Foram anos de batalha verbal, com implicações perispirituais em vasta população, cujo predomínio fisiológico não lhe permitira o gerenciamento da questão nos moldes nascidos do bom senso. Após exaustivo esforço de subida, concluiu-se que o melhor para todos era o regime de fluidos e essências reconfortantes, com exceção dos recém chegados da Terra via desencarne.
É preciso entender que os instrutores espirituais que orientam os aprendizes da mediunidade não exigem nem interferem no sistema alimentar de ninguém. Apenas aconselham, como medida salutar e benéfica à evolução e ao aperfeiçoamento dos trabalhos mediúnicos, o preparo físico e moral. O preparo físico, em que se inclui a abstenção de todo e qualquer desregramento e excesso, também reivindica a alimentação leve e de fácil digestão, pelo menos no dia marcado para as tarefas mediúnicas. O preparo moral corre por conta da oração e da vigilância, sem as quais a produção se anula sob o florete da obsessão ou da fascinação.
A alimentação grosseira compromete o desempenho do médium, mesmo com o árduo concurso dos técnicos em limpeza perispiritual, cuja função é retirar do sistema digestivo e circulatório dos invigilantes os pesados fluidos que lhes empanam os chacras ou centros de força.  A alimentação leve, ingerida duas horas antes da reunião, ou antes, facilita o trabalho dos técnicos e aumenta a produtividade fluídica da reunião, com o equivalente avanço no atendimento dos enfermos.
Alimentação pesada significa sobrecarga de trabalho no sistema digestivo e, transformando o medianeiro em barril de condimentos e pastas, forte atrativo para os vampiros e glutões desencarnados.
O ser humano, além do alimento que lhe concede energia ao sistema celular, igualmente necessita da alimentação fluídica, das emanações afetivas, da prece, alimento do Espírito, e de um ideal nobre que lhe faculte antever a destinação luminosa. Prender-se apenas a uma angulação alimentar é retardar-se na penumbra, uma vez que, dotado de corpo e Espírito, deles precisa zelar com perseverança.
Conclui-se portanto, que, quanto mais leve o alimento, menos poluição perispiritual, qual ocorre aos aviões, cuja gasolina é especial, e aos caminhões, que consomem o óleo bruto. Se o bife é gostoso e insubstituível na lista das prioridades, é que o aprendiz cultua mais o corpo que o Espírito, necessitando muito esforço na decisão de visitar menos o açougue e mais o centro espírita.
MEDIUNIDADE - TIRE SUAS DÚVIDAS - LUIZ GONZAGA PINHEIRO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Digite aqui seu comentário.