Há dúvidas a respeito de comunicações de animais. Se é
possível que eles nos mandem mensagens, se podem ver e ouvir os espíritos, mas
não vamos dar a eles uma responsabilidade que eles não têm. Devemos amá-los,
cuidar deles até o último momento de sua vida. Compreendemos que seria
maravilhoso receber uma mensagem de um ente tão querido, mas isso não é
possível. O processo mediúnico é muito complexo e depende de uma série de
fatores. Os nossos irmãozinhos ainda não têm essa capacidade. Eles não podem
nem receber uma comunicação e nem dar. Se temos notícias é através dos
espíritos de humanos que cuidam deles. Vejam o que nos dizem os Espíritos sobre
esse assunto no Livro dos Médiuns:
Capítulo XXII – Da Mediunidade dos Animais
“Sabeis que tiramos do cérebro do médium os elementos
necessários para dar ao nosso pensamento a forma sensível e apreensível para
vós. É com o auxílio dos seus próprios materiais que o médium traduz o nosso
pensamento em linguagem vulgar. Pois bem: que elementos encontraríamos no
cérebro de um animal? Haveria ali palavras, letras, alguns sinais semelhantes
aos que encontramos no homem, mesmo o mais ignorante? Não obstante, direis, os
animais compreendem o pensamento do homem, chegam mesmo a adivinhá-lo. Sim, os
animais amestrados compreendem certos pensamentos, mas acaso já os vistes
reproduzi-los? Não. Concluí, pois, que os animais não podem servir-nos de intérpretes.
” (*)
(*) Nessa passagem fica claro que eles não podem ser
médiuns. Os animais não têm a capacidade de retransmitir o pensamento dos
Espíritos a nós.
Capítulo XXV – Das Evocações
37.Como se explica então que certas pessoas tenham evocado
animais e recebido respostas?
“– Evoque um rochedo e ele responderá. Há sempre uma
multidão de Espíritos prontos a falar sobre tudo.” (*)
(*)Nessa questão os Espíritos são claros que não são os
animais que respondem e sim os espíritos de humanos, que nem sempre são os mais
sérios. Por isso devemos sempre analisar as comunicações. É conselho dos
Espíritos no Evangelho Segundo o Espiritismo que não acreditemos em todos os
Espíritos, mas que devemos provar se os Espíritos são de Deus. Nossa condição
humana nos faz conviver com Espíritos de toda ordem. Nossas atitudes e
comportamentos durante nossa vida nos fazem atrair bons ou maus espíritos. Por
isso é necessário o estudo constante da Doutrina Espírita, para não nos
deixarmos levar por ilusões. Para conhecer um pouco mais sobre a
Espiritualidade dos Animais dentro do Espiritismo, uma ótima leitura é o livro
Os Animais Conforme o Espiritismo do Autor e Veterinário, já desencarnado, Marcel
Benedeti. É um Livro que é direcionado aos Espíritas e muito esclarecedor.
OS ANIMAIS SÃO ALMA-GRUPO?
Ainda persistem dúvidas sobre a alma dos animais. Divulgam
teorias que não são Espíritas, como por exemplo, que os animais são
“alma-grupo”. Essa teoria consiste em que a alma dos animais pertence a um
Todo. Ao encarnarem se dividem e vivem sua encarnação na terra e quando
desencarnam voltam ao Todo novamente. Vejam que os Espíritos são claros ao
afirmarem que isso não existe.
Livro dos Espíritos
140.Que pensar da teoria da alma subdividida em tantas
partes quantos são os músculos, presidindo cada uma as diferentes funções do
corpo?
…Já dissemos que o Espírito é indivisível, ele transmite o
movimento aos órgãos através do fluido intermediário, sem por isso se dividir.
(*)
(*) O animal tendo espírito ele é indivisível. Não existe, portanto,
alma-grupo. O que volta para O Todo é o Fluído Vital. Os Espíritos, na questão
540, nos afirmam que o Espírito Evolui do Átomo ao Arcanjo, que por sua vez começou
pelo Átomo.
598.A alma dos animais conserva após a morte sua
individualidade e a consciência de si mesma?
Resp: Sua individualidade, sim, mas não a consciência de si
mesma. A vida inteligente permanece em estado latente. (*)
(*) Novamente a afirmação dos Espíritos dizendo que a alma
dos animais é individual. Portanto, quando desencarnam, mantém essa
individualidade e não voltam ao todo coletivo, ou alma grupo, como alguns
afirmam equivocadamente. A Evolução dos animais,
assim como a nossa, segue um curso. À medida que vamos evoluindo, adquirimos
corpos mais evoluídos também. Acreditar, como dizem os Espíritos, que Deus
criaria algo sem futuro, seria blasfemar contra sua bondade que se estende
sobre todas as suas criaturas. Eles não têm consciência de que são Espíritos em
evolução e nem conhecem a Deus, por isso nossa responsabilidade em relação a
eles, de tratá-los como nossos irmãos menores, não como nossos escravos.
O PASSE EM ANIMAIS
O Tratamento Espiritual não é benéfico apenas para os animais,
é também para seus tutores e para nós. O desconhecimento da Doutrina Espírita
faz com que pesem mais o orgulho do que a caridade ao próximo e a interpretação
equivocada de seus preceitos acabam prejudicando a propagação do Espiritismo.
Enxergamos nesse trabalho a oportunidade valiosa de
exercermos a caridade e de divulgarmos o Espiritismo. Para nós, quando vemos a
alegria e a esperança brotarem novamente nos olhos dos tutores que nos procuram,
quando continuam frequentando o trabalho mesmo depois do desencarne de seu
animalzinho ou quando relatam que seu animalzinho desencarnou de forma
tranquila e que estão mais conformados porque se sentiram amparados, não tem
preço. É isso que vale para nós e que
nos faz lutar sem cessar em favor dos nossos irmãos menores.
O passe em animas não é moda e está de acordo com a Doutrina
Espírita. Vejam o que diz Herculano Pires sobre o assunto no livro Mediunidade,
Vida e Comunicação, que foi escrito há quase 40 anos atrás, onde ele mesmo
relata que ajudou sua cachorrinha que estava desenganada pelo Veterinário. É um
capítulo inteiro falando sobre os animais. Herculano foi um dos maiores
Espíritas deste país e lutou durante sua vida inteira para defender os seus
preceitos.
“A assistência mediúnica aos animais é possível e
grandemente proveitosa. O animal doente pode ser socorrido por passes e preces
e até mesmo com os recursos da água fluidificada…Mas na Mediunidade Veterinária
a situação se modifica. O reino animal é protegido e orientado por espíritos
humanos que foram zoófilos na Terra, segundo numerosas informações mediúnicas.
O médium veterinário, como o médium humano, não transmite os seus fluidos no
passe por sua própria conta, mas servindo de meio de transmissão aos espíritos
protetores. A situação mediúnica é assim muito diferente da situação magnética
ou hipnótica. Ao socorrer o animal doente, o médium dirige a sua prece aos
planos superiores, suplicando a assistência dos espíritos protetores do reino
animal e pondo-se à disposição destes. Aplica o passe com o pensamento voltado
para Deus ou para Jesus, o Criador e o responsável pela vida animal na Terra.
Flui a água da mesma maneira, confiante na assistência divina. Não se trata de
uma teoria ou técnica inventada por nós, mas naturalmente nascida do amor dos
zoófilos e já contando com numerosas experiências no meio espírita. ”
“ Tivemos experiência com uma cachorrinha pequinês
desenganada pelo veterinário. Com os passes recebidos durante a noite,
amanheceu restabelecida. O veterinário assustou-se com o seu estranho poder de
recuperação. Um veterinário amigo e espírita contou-nos os seus sucessos no
socorro mediúnico aos animais, ressaltando o caso de parto de uma vaca de raça,
em que ele já se considerava fracassado. Recorreu à sua possível mediunidade
veterinária e as dificuldades desapareceram. Tudo é possível no plano do bem,
da prática do amor. ”
(Capítulo XI – Mediunidade Zoológica)
Chico Xavier aplicava o passe nos animais com todo amor e
sempre foi beneficiado e ajudado pelos Bons Espíritos.
No Livro Conduta Espírita, ditado pelo Espírito de André
Luis, que fala favoravelmente aos recursos mediúnicos aos animais, fica claro
que é um ato de caridade e de amor ao próximo, que significa tudo que tem vida.
“No recurso aos animais doentes, usar os recursos
terapêuticos possíveis, sem desprezar mesmo aqueles de natureza mediúnica, que
aplique a seu próprio favor.”
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