segunda-feira, 21 de março de 2011

BENEFÍCIOS DEFLUENTES DA ORAÇÃO


Uma eficiente maneira de conseguir a ligação entre a criatura e o Pai Criador, é a oração ungida de sentimentos nobres.

A emissão da onda mental dirigida a Deus com vigor e humildade, vence os espaços infinitos e é captada pelo Genitor Celeste, que a responde, utilizando-se de idêntica vibração, que é recebida de imediato.

Não são as palavras que vestem o pensamento, muitas vezes desnecessárias, que significam algo, se, por acaso, o sentimento de amor não as acompanhar.

Mais importantes do que as formas e as fórmulas convencionais, são a intenção, o conteúdo intrínseco de que se constitui a prece.

Não será, portanto, pelo muito orar, repetindo palavras de contínuo, mas pelo orar bem, que a prece propicia benefícios inimagináveis, favorecendo a criatura com recursos desconhecidos e poderosos.

Pensa-se, invariavelmente, que a função da prece é de peditório, tendo-se em vista as necessidades reais e as imaginárias, rogando-se auxílio e soluções para os desafios existenciais, que fazem parte do processo de crescimento moral e espiritual a que todos são submetidos.

Em razão desse conceito equivocado, ora-se, apenas, quando as dores e as dificuldades ameaçam, quando o indivíduo sente-se destituído de recursos para os inevitáveis enfrentamentos do dia-a-dia.

Certamente, que se deve fazê-lo nas situações penosas e aflitivas, no entanto, não somente nessas conjunturas, mas nas diferentes circunstâncias experimentadas durante a vilegiatura carnal, assim como depois dela...

A prece não irá resolver os dilemas, os problemas, os desesperos.. Revestida, porém, de unção, produz uma real ligação entre o orante e o Senhor da Vida, na qual, de imediato, se auferirá bem estar, inspiração para encontrar soluções, reforço de energia, de modo que esses recursos contribuirão para o equacionamento da dificuldade e do desafio evolutivo.

É justo que a prece, por si mesma, não solucione os problemas humanos, o que redundaria em prejuízo moral aquele que ora, porquanto este necessita de lutar, a fim de aprender a conquistar o infinito.

Isto porque, as Leis funcionam em caráter de elevação, ensejando a promoção do Espírito, que deve passar pelas experiências que elege, mediante os atos praticados, deles retirando os benefícios que os caracterizam.

Quando erra, projeta para o futuro o processo de recuperação que surgirá em forma de pesadelo e de dor reeducativos.

Noutras vezes, a necessidade de libertar-se do primarismo e das fixações mórbidas, que remanescem através da fieira das reencarnações, impõe-lhe enfrentamentos aflitivos e dolorosos.

Libertar-se da injunção penosa é o caminho para novos  empreendimentos iluminativos, após palmilhar  a senda de espinhos e pedrouços que foram deixados anteriormente.

A prece, nessa circunstância, torna-se recurso inspirativo para que sejam encontrados os instrumentos hábeis para iluminação entre os quais o discernimento, para bem utilizar os mais eficientes, aqueles que facultem a transformação do esforço em êxito.

Robustecido pelo vigor que recebe de Deus, através da oração, o Espírito consegue vencer os impedimentos e descobre novos mecanismos de reparação, aprendendo a não mais delinqüir.

A prece é a linguagem que faculta a comunhão mensal com o Sumo Bem, em contínuo fluxo de amor.

Orando, é possível esquecer-se o fator desgastante e pungitivo, em razão da sintonia com as faixas vibratórias mais elevadas, nas quais operam os Mentores da Humanidade.

À medida que o pensamento e a emoção canalizam a aspiração do amor, da saúde e da paz, na direção da Verdade, de imediato alcançam a sintonia com as Forças da Vida, transformando-se em sensação de harmonia e de indizível felicidade.

Desacostumado ao clima de paz, que advém da prece, o orante deixa-se arrastar pelas ondas de alegria que o tomam, superando os conflitos que o aturdem, levando-o ao desespero.

As criaturas comunicam-se, umas com as outras, através da linguagem verbal e escrita, do gestual, pelos recursos externos que tem à disposição.

O Espírito necessita somente da emissão do pensamento, que deve ser saudável, a fim de sincronizar com a Mente Divina, espalhada no Universo, estabelecendo-se a verdadeira identificação.

Quando te dispuseres a orar, cria, primeiro, o clima favorável indispensável à comunhão com Deus.

Não será de improviso que o conseguirás. Torna-se necessária uma mudança de atitude emocional e mental, a fim de que te concentres no objetivo e emitas o pensamento de maneira segura simples, sem soberba nem presunção.

Se recorres aos Espíritos nobres, orando, para que sejam intermediários dos teus sentimentos, sintoniza na sua faixa vibra tória e serás sustentado por vigorosas energias que te tranqüilizarão.

Se buscas Jesus ou Sua Mãe Santíssima, torna-se imprescindível que anules, quanto possível, o rol de queixas e de reclamações íntimas, mal humoradas, de maneira que haja entre ti e  Eles uma sincronia de identificação de propósitos.

É certo que se deve orar em qualquer situação ou ocorrência grave. Todavia, passada a angústia ou o desalinho do momento afligente, refaze o caminho da emoção, orando em paz.

A prece não te evitará os sofrimentos, não impedirá que experimente os testemunhos de reparação, mas te facilitará melhor enfrentá-los e superá-los com alegria e gratidão.

A prece pode ser comparada a uma ponte de energia luminosa, ligando a margem do ser propínquo ao sublime mundo dos seres longínquos...

Aprende a transitar por ela com a naturalidade que, depois de algum tempo, a tua existência estará transformada em uma contínua e eficiente oração. Praticada a ação, será inevitável a reação correspondente.

Consciente dessa Lei de Causalidade, age com inteireza moral, sempre corretamente, atirando para frente, para o futuro, os resultados que inevitavelmente advirão.

Na condição de mecanismo de apoio para os acontecimentos e de estímulo para os cometimentos, usa a oração como hábito de banhar-te nas sublimes ondas do oceano do Amor Divino, e vencerás com galhardia as provas e as expiações do teu roteiro de elevação.

ILUMINAÇÃO INTERIOR – JOANNA DE ANGELIS – DIVALDO FRANCO

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